Tudo pelo plágio da maçã

Lamentavelmente não me refiro à maçã do paraíso. No momento - 03h45!!! - meu sonho de consumo é a receita da maçã envenenada da Branca de Neve!

Com uma vizinha que não pára quieta para dormir e fica andando como um zumbi de passos largos e pesados na minha cabeça... após desfilar por toÔdo o apartamento durante hoÓras de salto alto!

Lá pelas tantas resolvi imaginar hipóteses: namorado podólotra, nova técnica de reflexologia, sapato novo + amaciando o couro, decidindo o modelo, tester products (quem sabe uma análise detalhada dos novos tipos de saltos da estação?)... ao final de uma hora e tanto cheguei a desconfiar de sonambulismo, regressão... e outras derivações que poderiam comprometer sua reputação. Quem sou eu para levantar falso testemunho! rrrrrrrrrrr

O que isso tem a ver com um blog de culinária?! Quem resistiria - após uma ressaca daquelas - a uma cesta de maçãs brilhantes como rubi?

infelizmente, agora já insone, quase torço pela bruxa má!

Mais confort menos food e muito Jack Johnson

Por aqui já começou a temporada do tempo frio. O que definitivamente não combina com saladitas... e então tem uma hora que depois de quilos de carboidratos e generosas doses protéicas, chega-se a sonhar com uma tarde em Búzios com salada de fruta e rúcula. Claro, isso denota o ápice do desespero (risos), mas juro que acontece!

Porém como a vida vez por outra parece mais leve... quando se começa a acostumar ao frio, aos 24 graus o clima já responde por um veranito fora de época e... voi lá! Seja bem-vinda a alface!

Com isso para aliar todas essas vontades, nada melhor do que Jack Johnson na vitrola, água tônica geladinha com bastante limão e saladinha na varanda.

Ingredientes para a "saudade de salada": alface , rúcula e agrião.pedacinhos de maçã.lasquinhas de manga e kiwi. Para o molho delícia: 1 pote de Iogurte natural desnatado bem escorridinho, misturado a um punhado de salsinha beeeemmm picadinha - e vale hortelã fresca (para quem gosta! eu acho que fica sempre um gosto de chiclet!) + um tanto de azeite + pimenta síria ou pimenta do reino de acordo com a vontade (que na minha é sempre muita!)

Na vitrola if i had eyes, de Jack Johnson. Just stand still / While we fall (in love) / When you got eyes like that /It won’t let me in

Quando nada mais nos espera - Deus salve a confort food!

Em clima de fim de festa, com ingredientes no vácuo de uma geladeira em total abandono... se consegue fazer delícias, acredite!
Você só irá precisar de 2 xícaras de chá de Sobras de arroz + 2 ovos + 1 xícara (chá) de farinha de trigo + salsinha picada + óleo de canola para fritar (dessa receita ele não escapa!) + sal e pimenta-do-reino a gosto
Fácil-fácil: basta misturar - muito bem! - às sobras de arroz todo o resto dos ingredientes. De forma que a mistura fique bem homogênea sem grudar nas mãos. Enquanto o óleo aquece aproveite o tempo para cantar e fazer as formas dos bolinhos. Frite às colheradas em óleo bem quente. E mesmo assim depois escorra bem em papel toalha. (isso soa como um trauma, eu sei, mas não perguntem o motivo!)

Nota de Chef de Prateleira: ainda no clima de armagedon frigorífico, dá para dar uma encrementada. Quando a massa já estiver na colher coloque um pedacinho de queijo ou ainda de banana... hummmmmmmmmmmmm...

Uma última dança

...são muitas as histórias dos Amado que me povoam a alma. Uma delas - Códigos de Família - pelas mãos de Zélia, me tornou uma Amado, mesmo que em um universo distante.

Jorge, aquele de olhar atento e maroto. Tive perto por um breve momento. um breve momento com gosto de eterno... Zélia, dona de um abraço de aconchego e sorriso de calmaria, me conquistou desde sempre. Generosa, ilustra muitas de minhas lembranças e dedicatórias.

Por um bem querer profundo quase posso me dizer assim: uma Amado. Hoje, de coração partido, doído e com uma saudade anunciada - me sinto órfã.

Dedico aos que ficam uma saudade solidária - meus mais sinceros sentimentos, filhos, netos(!) e amigos, em especial à Paloma, com quem me identifico como filha de pais apaixonantes que sou.

Fecho os olhos e quase posso ver a Senhora Dona do Baile de braços dados com o seu Amado - aquele a quem reservara o cartão de dança de toda uma vida.

Tudo na medida - decór, clima e companhia

Nada muito. Nada muito tarde. Nada muito "Moinhos". Nada muito montado. Foi mesmo uma noite na medida.
Recheada de gratas surpresas: como os bolinhos de arroz bem sequinhos, com jeitinho de "casa de vó". Coisa boa: noite fria e bom papo, com direito a canja de Márcia com suas versões deliciosas de Paulinho Moska. Coisas de Vera Carneiro...
Rua Comendador Caminha, 348. Moinhos de Vento - POA . Bem-bem-bem fácil de chegar. Coladinho ao Parcão.

Nada de bolo

ilustra by Ruza para a Revista Estilo Zaffari

Umas férias de mim mesma - talvez seja a única e possível justificativa para uma ausência tãooo longa.
Foram meses corridos. Com punhados de momentos solados e alguns outros ao ponto.
Muito o que fazer(!) e um cansaaaaço de contar...
E tudo foi passando mesmo assim. Até dia de aniversário veio com jeito diferente. Nada de bolo no dia 29, nem no dia 3 e passou. Como diria a Dinda Dé "ôto dia a gente comemora, ôto dia..."